A “volta às aulas” é um momento muito aguardado por crianças e adolescentes. É tempo de reencontrar amigos e professores e de fazer novas amizades. A infância e a adolescência são consideradas as melhores fases da vida, onde o ser humano ainda não tem “grandes preocupações”, porém essas fases podem ser recheadas de muitas dúvidas, não aceitação da própria imagem, o que pode gerar baixa autoestima e até mesmo depressão em alguns jovens por não se “adequarem” aos padrões de beleza impostos principalmente nas redes sociais ou simplesmente por não fazer parte de um determinado grupo “descolado” da escola. Essas situações podem gerar um conflito interno que poderá afetar o psicológico dessa criança ou desse jovem, que muitas vezes não sabe como lidar com a situação, ainda mais se o mesmo estiver sofrendo algum tipo de bullying na ambiente escolar.

Por isso pais que tem seus filhos em idade escolar, bem como os professores das escolas, têm que redobrar a atenção quanto ao comportamento dessas crianças e adolescentes, pois muitas vezes elas podem sofrer bullying e não comunicar a situação para os pais e os professores.

Se não observada e dada à atenção devida, as situações de bullying podem levar alguns estudantes ao extremo, como ocorreu com uma estudante aamericana no estado de New Jersey em 2017.

A criança, de apenas 12 anos de idade, cometeu suicídio após passar meses sendo perseguida por colegas de escola. De acordo com os pais da menina (que atualmente processam a instituição), a escola sabia do assedio dos alunos para com a filha e não fizeram nada para evitar que o pior acontecesse.

Na ação movida pelos pais da estudante consta que os ataques não eram apenas presenciais e em sala de aula, a menina recebia mensagens de texto no celular e também através do Snapchat em que era chamada de “fracassada” e debochavam de sua aparência. Várias repetiam que ela não tinha amigos e uma teria chegado a sugerir que ela tirasse a própria vida.

O caso abalou pais, professores e alunos e reacendeu o diálogo sobre a importância de estarem atentos as crianças e jovens estudantes, pois nos últimos dez anos o índice de suicídios e de tentativa de suicídios de crianças e adolescentes tem crescido assustadoramente em todo o mundo.

De acordo com uma pesquisa publicada recentemente no periódico científico americano “Pediatrics”, o número de crianças e adolescentes hospitalizados por tentar suicídio ou pensar em tirar a própria vida dobrou em menos de uma década. A faixa etária de maior índice é dos 12 aos 17 anos e uma parte considerável desses casos, as crianças sofriam bullying de colegas principalmente no ambiente escolar.

Por isso todo cuidado é pouco. Procure estar sempre alerta as atitudes das crianças e dos jovens: as amizades, o conteúdo que eles acessam na internet e mantenha sempre o diálogo entre pais e filhos. Caso perceba algo de diferente no comportamento de seu filho, procure ajuda profissional.

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