Quem pensa que depressão é um mal que aflige somente os adultos pela rotina estressante dos dias atuais, se engana. A doença, que é tida como “o mal do século”, também tem atingido o universo infantil. Entre os pequenos, o índice de depressão também é preocupante. De acordo com pesquisas no Brasil, cerca de 2% das crianças em idade pré-escolar e entre 3% a 8% dos adolescentes, sofrem com a depressão.
Mas como diagnosticar que uma criança possa estar sofrendo por depressão? Alguns dos sinais que devem deixar os pais alertas são: humor depressivo, perda do interesse na maioria das atividades ou incapacidade de sentir prazer nelas e irritabilidade frequente, dificuldade de raciocínio ou de concentração, além da falta ou excesso de apetite.
Assim como nos adultos, existem diversos fatores que predispõem à depressão infantil, tais como: fatores genéticos, cognitivos, maus tratos domésticos, ser vítima de bullying, um tipo de violência psicológica ou física que a criança sofre de forma recorrente, abuso sexual, luto por perda de entes queridos e convívio com pais que sofrem por depressão.
Por isso sempre que os pais desconfiarem que “algo está errado” no comportamento de seu/sua filho (a), devem procurar a ajuda de um profissional da área psiquiatria ou da psicologia infantil. Esse profissional será fundamental para diagnosticar a doença ainda no começo de sua manifestação. Quando não tratado da forma correta, a depressão infantil pode ser tão grave como a doença em adultos.
De acordo com especialistas brasileiros, o transtorno pode ser diagnosticado em crianças a partir dos 4 anos. Até os 9 anos, é indicado tratamento apenas à base de terapia. A partir dessa idade, de acordo com o quadro do paciente, pode ser recomendado o uso de medicação em paralelo ao acompanhamento psicológico.