Quem já não se viu na situação de querer ligar ou mesmo conversar pessoalmente com uma pessoa que perdeu recentemente alguém muito querido, e simplesmente não soube o que dizer ou mesmo o que fazer para consolar a pessoa e assim tentar minimizar (mesmo que por alguns instantes) a dor dela?

Muitas podem ser as dúvidas de como agir nesse momento delicado: O que dizer? O que não dizer? Às vezes as pessoas preferem até mesmo o silêncio, com receio de dizer algo que possa trazer ainda mais dor e sofrimento para quem está de luto.

Por mais que saibamos que a morte faz parte da vida, a perda de alguém querido é um momento extremamente triste e um processo doloroso.

O apoio e o consolo aos familiares e amigos de quem se foi, são fundamentais para que essas pessoas possam enfrentar o período de luto de uma forma um pouco mais “leve”, porém sabemos também que as pessoas reagem de diferentes formas diante do luto.

Não existe uma “fórmula mágica” para consolar quem está de luto, porém algumas dicas valiosas de profissionais que atuam nessa área, podem ajudar.

Em entrevista a publicação americana The Huffington Post, o diretor executivo da organização “Suicide Awareness Voices of Education”, de prevenção ao suicídio, e presidente da “Associação Americana de Psicoterapia”, Dan Reidenberg afirmou que “Algumas pessoas sofrem muito, de forma muito rápida e depois seguem em frente”. Ele também destacou as diferentes formas de reação. “Algumas pessoas sofrem de maneira privada. Algumas pessoas sofrem intermitentemente. Tem quem queira dormir muito; já outras preferem conversar”, completou. O especialista deixou um conselho aos leitores: “Não há um prazo definido para o luto; por isso, não pressione as pessoas”.

De acordo com a especialista no tratamento de pessoas em luto e diretora sênior do departamento “Trabalho, Vida e Envolvimento”, da “Johns Hopkins University”, Michelle Carlstrom, deve-se evitar os famosos “clichês” do tipo: “Ele (a) está em um lugar melhor…”, “Eu sei como você está se sentindo” – De acordo com Michelle: “[Clichês] normalmente são frases de preenchimento, porque não sabemos o que dizer”, afirma. “Mas clichês desse tipo, na verdade, subestimam o momento presente, podem menosprezar a experiência e exigir que a pessoa em luto supere o sofrimento e ‘volte a ser feliz’.” Para a especialista, quando não soubermos o que dizer o melhor é simplesmente dizer: “Sinto muito” ou “Não consigo imaginar como você está se sentindo”. Segundo Carlstrom, são frases geralmente mais úteis.

É preciso estar atento, pois muitas pessoas têm uma grande dificuldade para superarem e esse sofrimento e/ou a não aceitação dessa perda pode levar o indivíduo a desenvolver um quadro de depressão.

Pessoas em luto se sentem muito isoladas, por isso geralmente evitam entrar em contato, mas precisam e querem ser ouvidas. Devemos escutá-las de forma atenta e sem julgamentos, oferecer apoio sem menosprezar, nem subestimar o sentimento da mesma.

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