Apesar da pluralidade cultural, de religiões e crenças que temos no Brasil, falar de morte não é algo muito natural em nosso meio. Dialogar sobre como desejamos certos detalhes da nossa despedida é ainda mais raro, mas pode tornar o momento um processo mais fácil de ser resolvido, uma vez que a família e amigos tiverem a certeza de que a vontade da pessoa foi realizada, seja através de um enterro ou o processo de cremação.

Quando o assunto é cremação existem muitos tabus, fato é que O processo térmico que reduz o corpo às cinzas apenas acelera um processo que acontecerá naturalmente através dos anos, se a opção for o sepultamento.

Saiba o que as religiões mais comuns pensam a respeito da cremação:

O evangélico, de modo geral, não tem restrições quanto à cremação, pois a Bíblia cita a ressurreição dos mortos e aquele que morre com Cristo retornaria da morte em quaisquer circunstâncias, porque a morte seria apenas uma passagem para a vida eterna.

 

Assim como os evangélicos, na religião Católica não há restrições quanto a cremação, não havendo nenhum impedimento que seus fiéis sejam cremados por decisão própria ou da família. O importante é que a dignidade e o respeito a pessoa falecida sejam preservados. Até 1963 a cremação era proibida pelo catolicismo, a partir de então o Papa Paulo VI reconheceu a cremação como uma forma digna de despedida.

 

O Hinduísmo é uma religião favorável e que simpatiza com a prática da cremação, pois os hindus acreditam piamente que o fogo funciona como um elemento purificador que facilita o desapego do falecido das coisas materiais.

 

A doutrina espírita tem a cremação como uma forma ecológica e higiênica de cuidar do corpo físico. A doutrina sustenta que se aguarde 72 horas após o falecimento do corpo físico para se realizar a cremação, pois muitos, quando deixam a vida física, teriam dificuldades de se desprender do corpo e esse seria o tempo necessário para que isso ocorresse.

 

Sepultamento ou cremação: seja qual for a sua escolha (esteja ela pautada em religião e crença ou apenas ou não), converse com seus familiares sobre essa decisão. Não sabemos o dia de amanhã, mas não tem nada demais ter esse diálogo para que sua família esteja bem orientada sobre o que fazer caso ocorra um momento de fatalidade.

 

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